São Paulo (Agência Hoje) - O uso da tecnologia em 3D vai ajudar a Polícia a localizar crianças e adolescentes desaparecidos. O método é inédito e permite que a partir de uma fotografia com boa nitidez se identifique a fisionomia da pessoa procurada ao longo dos anos. A técnica foi desenvolvida no Reino Unido e chegou a São Paulo há cerca de dois anos.
O Programa "São Paulo em Busca das Crianças e Adolescentes Desaparecidos", responsável pela introdução da técnica, será intensificado a partir de encontro onde profissionais discutirão os métodos mais adequados para localizar pessoas. O evento será realizado na sexta-feira, 23, a partir das 9h, na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em São Paulo e pode ser acompanhado por interessados de todos os Estados.
O II Encontro Anual do Dia Estadual das Crianças e Adolescentes Desaparecidos fará um balanço do programa, apresentando detalhes sobre o desaparecimento de jovens e as medidas tomadas pelo Governo para combater o problema. O trabalho é realizado em conjunto pelas secretarias da Segurança Pública, Justiça e Defesa da Cidadania, Desenvolvimento Social, Educação, Saúde e dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
O programa realiza ações de prevenção, sensibilização, esclarecimento e busca. No evento do dia 23 também serão apresentadas as ações desenvolvidas após dois anos do seu lançamento. O evento contará com a apresentação do Relatório Anual da Comissão Multidisciplinar de Acompanhamento Permanente e palestras sobre temas sobre desaparecimento
Veja a programação completa:
9h - Mesa de Abertura
9h20 - Apresentação do Relatório Anual da Comissão
Palestrante: Marco Antonio Castello Branco de Oliveira - Presidente da Comissão Multidisciplinar de Acompanhamento Permanente do Programa "São Paulo em Busca das Crianças e Adolescentes Desaparecidos"
9h40 - Sistema de Identificação Facial utilizado na Polícia da Inglaterra: importância dos bancos de imagens
Palestrante: Stuart Gibson Lecturer in Forensic Science - School of Physical Sciences, University of Kent - Inglaterra
10h20 - Projeto Foto do Aluno da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Palestrante: Felippe Marques Angeli - Assessor da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
10h50 - Importância do arquivo de fotos de crianças e adolescentes em casos de desaparecimentos e do processo de envelhecimento da imagem facial
Palestrante: Sidney Barbosa - Perito de Arte Forense da Polícia Civil de São Paulo
11h30 - Encerramento
SERVIÇO
II Encontro Anual do Dia Estadual das Crianças e Adolescentes Desaparecidos
Local: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10 (ao lado da estação de Metrô Barra Funda - São Paulo, SP)
Data: Sexta-feira, 23
Horário: das 9h às 11h30
TECNOLOGIA AJUDA POLÍCIA NA LOCALIZAÇÃO DE VÍTIMAS DE SEQUESTRO
São Paulo (Agência Hoje) - Uma técnica revolucionária que permite fazer a progressão de idade de uma pessoa em 3D, projetando o envelhecimento de criança desaparecida em três dimensões, está sendo utilizada em São Paulo para ajudar a Polícia a localizar vítimas de rapto ou sequestro. O trabalho é inédito, importado do Reino Unido.
Durante o anúncio da campanha "São Paulo em Busca das Crianças e dos Adolescentes Desaparecidos", o Governo do Estado lançou o Programa de Progressão de Idade em 3D, tecnologia inédita que permite a projeção de envelhecimento a partir de fotos da criança desaparecida.
O software desenha os rostos em alta definição das crianças e adolescentes desaparecidos, a partir do Banco de Imagem do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), e permite saber como eles estão hoje.
Para que a progressão de envelhecimento seja possível, a fotografia da criança desaparecida precisa estar em boas condições. O artista forense da Polícia Civil Sidney Barbosa explica que “a metodologia consiste em reunir fotografias dos pais da criança e dos irmãos para que se faça a progressão e o envelhecimento em 3D”.
De acordo com Barbosa, a nova metodologia será um agente facilitador na busca por crianças desparecidas: “Se a criança for avistada em uma estação de trem e a câmera capturar essa imagem, a polícia terá condições de colocar a foto no mesmo ângulo de visão. Portanto, a projeção 3D vai servir para uma comparação futura”.
A progressão de idade em 3D está em fase de implantação e inicialmente deve ser aplicada às fotos mais antigas cadastradas no site do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa Desaparecida (DHPP). Os responsáveis legais por crianças desaparecidas interessadas no programa de progressão podem procurar a polícia desde que já tenham registrado uma ocorrência sobre o desaparecimento.