Rio de Janeiro - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançou nesta quarta-feira (20) o Fórum Permanente UFRJ Acessível e Inclusiva para articular soluções de acessibilidade para todos os ambientes da instituição.
O reitor da UFRJ, Roberto Leher, reconheceu que a universidade não tem condições adequadas para receber todas as pessoas apesar de alguns avanços alcançados, principalmente na última década.
“A UFRJ é uma instituição construída, boa parte, nas décadas de 1960 e 1970 do século passado, e naquele contexto não se colocou o contexto da acessibilidade. Hoje isso é uma exigência democrática, real. Estamos tentando corrigir erros de planejamento que aconteceram em outros contextos para que possamos transformar a nossa universidade em uma instituição exemplar no que diz respeito à acessibilidade.”
Leher destacou que a preocupação com a acessibilidade também abrange os aspectos acadêmicos, já que o tema não é um problema apenas de mobilidade ou de acesso a livros em braile ou softwares para estudantes surdos ou com deficiência severa de visão.
“Temos um aspecto do conhecimento e como nós pensamos na condição humana. É fundamental que nós possamos superar e romper com uma concepção idealista dos seres humanos, como tipos ideais, que vem desde Aristóteles, mas que está na indústria da moda e em todo o complexo do imaginário sobre o que é o ser humano, o padrão de beleza que está colocado hoje na humanidade e que é definido por corporações. A universidade deve ajudar coletivamente o povo a ter uma mirada mais sensível e plena de alteridade sobre a condição humana”, analisou.