PARTE 2
São Paulo (Agência Hoje) - Localizado na Avenida Paulista, coração da tradição paulistana, o MASP abriga cerca de 8 mil obras trazidas de todo o mundo e uma vasta biblioteca especializada em arte.
Leia a PARTE 1 - A curiosa história do MASP, museu querido dos paulistanos
Reconhecimento e dificuldades
Em 1953 teve início uma turnê internacional, com parte do acervo do museu. Iniciando pela França, onde foi muito bem recebida pela crítica, a mostra seguiu para diversos outros museus da Europa, depois rumo aos Estados Unidos, consolidando de vez o nome do MASP e trazendo reconhecimento para o acervo.
A turnê durou quatro anos e também serviu para aumentar a coleção, pois Chateaubriand e Pietro Maria Bardi aproveitaram para adquirir novas obras. As aquisições feitas junto a galerias renomadas, entretanto, não foram saldadas conforme combinado. O acervo teve que ser penhorado para garantia junto ao credor e outro empréstimo, feito junto à Caixa Econômica Federal, por influência do então presidente Juscelino Kubitscheck, para afastar o risco do confisco total das obras de arte.
Superada a fase de maior dificuldade, Pietro Maria Bardi, conseguiu que o acervo fosse tombado pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Dessa forma, a partir de 1969, as obras tornaram-se parte do patrimônio brasileiro e sujeitas à sua regulação.
O CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado registrou o tombamento em 1982 e, em 2003, também o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Grandes exposições
Os anos a partir de 1980 foram muito importantes para a MASP. Grandes exposições e reconhecimento consolidaram a sua atividade no cenário nacional e internacional. Importantes mostras percorreram diversas cidades da Itália, Suíça, Alemanha, Holanda e Japão.
O intercâmbio com museus de outras cidades do mundo gerou retorno financeiro providencial, já que depois do falecimento de Chateaubriand, o MASP perdeu o seu negociador junto aos patrocinadores.
Em 1996, depois de 49 anos de dedicação, Pietro Maria Bardi deixou a direção do MASP, vindo a falecer em 1999.
MASP após Pietro Maria Bardi
A partir de meados da década de 90 e pelos próximos 15 anos, o museu entrou novamente em crise financeira. Grandes exposições foram feitas, com bons resultados de público, porém os tempos eram outros.
O período foi marcado por alterações polêmicas na maneira de administrar o espaço e o funcionamento. Já então sem os seus dois principais promotores – Chateaubriand, que viabilizava as contribuições financeiras e Bardi, que zelava pela qualidade do acervo e aquisições - o museu entrou em dificuldade novamente.
Obras de arte tiveram que ser penhoradas em garantia de pagamento de dívidas junto à Justiça do Trabalho. Reformas equivocadas, projetos inviabilizados e até um roubo de obras de arte no valor estimado de R$ 55 milhões, foram acontecimentos que marcaram essa fase.
O MASP hoje
Hoje o MASP funciona como um grande centro que oferece cursos, seminários, palestras, apresentações e atividades culturais diversas. O MASP abriga em seu espaço loja, restaurante, café, biblioteca, oficinas e possui convênios com estacionamentos próximos.
Algumas grandes empresas tornaram-se parceiras e patrocinadoras. Programas de parceria acessíveis a pessoas físicas e jurídicas também são responsáveis pela manutenção do museu e ampliação do acervo. Saiba como participar e ser colaborador do MASP pelo site http://masp.art.br/masp2010/parcerias_amigos-do-masp.php.Serviço
Serviço
Endereço: Avenida Paulista, 1578 - CEP 01310-200 Bela Vista – São Paulo – SP
Telefone: (11) 3149 5959
Horários: Terça a domingo: 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)
Quinta-feira: 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos:
R$25 (entrada)
R$12 (meia-entrada)
O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras.
O ingresso dá direito a visitar todas as exposições em cartaz no dia da visita.
Estudantes, professores e maiores de 60 anos pagam meia entrada.
Menores de 10 anos de idade não pagam ingresso.
O MASP aceita todos os cartões de crédito.
Acessível a deficientes, ar condicionado, classificação livre.